domingo, 13 de maio de 2012

Um dia antes do Dia das Mães.


A paixão pela cozinha me leva a testar novas receitas, muitas vezes um tanto quanto complicadas de se executar, mas quando termino essas "fases de experimento" acabo por sentir falta de coisas simples e gostosas. 
Hoje, me lembrei da Macarronada da Mama. Uma coisa que, infelizmente, não posso mais curtir. O jeito é tentar reproduzir a receita que ela fazia naqueles domingos de casa cheia, seja de parentes ou de amigos dos filhos, que invariavelmente surgiam de ultima hora, mas que o coração de mãe sempre acolhia com muito prazer e um sorriso no rosto.
Minha mãe costumava executar um tagliarine ao molho de tomate com manjericão acompanhando alguma coisa feita no forno.
Do macarrão ela tomava conta. Do forno, dependendo do tipo de assado, meu pai era requisitado para acompanha-lo, o que fazia com maestria e muito vinho no copo.
Passavamos a manhã toda juntos tendo a cozinha como cenário. 
Puxa, que saudades! 
Eu me orgulhava de ter a função de escolher o vinho, fazia isto desde meus 13 ou 14 anos de idade. 
Três garrafas era o normal de consumo nessas manhãs inesquecíveis, que se desenrolavam com muita preguiça e um papo descontraído e perfumado, algumas vezes com alecrim, outras com tomilho, dependia da receita.
Estou, nesse momento, cozinhando um molho de tomate e manjericão, para acompanhar um entrecôte marinado em vinho madeira e tomilho. Não é domingo, ainda é noite de sábado, mas o saudosismo me bateu tão forte que não pude esperar o novo dia. Sinto minha mãe muito presente. Seu dia já começou.
Tomo, bem devagarinho, um vinho madeira Justinos, uma ótima bebida para a meditação e para a inspiração de escrever. 
Apesar da casa vazia, meu coração está cheio.
Pleno.
Desejo a todos um ótimo Dia das Mães.